Nascida em Caconde, a paulista Beth Ribeiro atua em Brasília, cidade onde reside há mais de 18 anos. Sua formação como Advogada não a impediu de buscar outros caminhos, de modo que, desde 2007, essa artista tem se voltado para as artes visuais, pois, apaixonada pela beleza das imagens desenvolveu gosto especial pela fotografia. Também fonte de inspiração para realização de suas experiências com outros suportes artísticos, passou a dar especial ênfase e dedicação, à pintura. Seu aprimoramento advém da participação em palestras, conferências e seminários sobre cultura e arte, a maioria deles programados pelo Museu da República de Brasília.
Embora o universo das artes plásticas fizesse parte de sua história de vida desde a infância, foi somente na fase adulta que Beth retomou seu foco em produção de pinturas com caráter mais profissional. No começo empregava tinta a óleo pintando paisagens, naturezas mortas, sendo dessa época algumas das exposições individuais e coletivas em Salões de Arte do Brasil. Seu estudo levou-a a formas menos tóxicas, com emprego da tinta acrílica numa proposta pictórica menos figurativa e mais liberta. Dessa maneira, busca novas maneiras de regenerar e purificar o pragmatismo alienante da vida cotidiana, em uma arte que considera mais criativa.
A pintura, com efeito, é a única arte em que o artista pode jogar suas ideias, sentimentos e problemas existenciais e, ao fazê-lo com cores, se impõe imenso desafio, pois é o resultado da projeção de tais emoções que dirá como será seu trabalho. Nesse sentido não deve sentir-se limitado por nada e ninguém, nem por um crítico…
Obsessiva e detalhista, Beth expressa sua paixão pictórica com cores fortes e muitos contrastes, produzindo superfícies que transbordam alegria. Mas, como na vida, são muitos os caminhos a percorrer e o importante é observar as circunstâncias, desenvolvendo telas com mesma postura e, se possível, estilo, de modo a criar uma série dentro de uma proposta. Às vezes, conforme o tipo desse trabalho o artista terá uma pauta emocional interior a pesquisar, ainda que a impressão do inconsciente aconteça com todos. É assim que, sem temer experimentar novos caminhos, desde 2014 Beth Ribeiro tem voltado sua atenção às várias técnicas existentes, aperfeiçoando o uso da “acrílica sobre tela”, da colagem, da aquarela contemporânea, etc. Em suas exposições o expectador se depara com obras nas quais se encontram reciclagem através da utilização de novo figurino para a representação de tal tema de produção artística, num conceito que traduz o fazer artístico da artista, além de classificar o conjunto das técnicas que utiliza na elaboração de seus trabalhos, de modo a funcionar como referência a seu estilo o uso de texturas orgânicas ou não. Ato simultâneo a essa busca, Beth deu início a pesquisa aprofundada em trabalhos de pintura, produzindo obras artísticas adquiridas por apreciadores de sua arte, inclusive internacionais. Sua “Cabeça de Boi”, com trato pós-contemporâneo, exemplifica suas últimas tendências.
Da fase autodidata, conduzida pela pura inspiração, que a levava à combinação de diferentes técnicas (pintura, fotografia, desenho e colagens com tecidos, papel e materiais recicláveis diversos), passou a frequentar o Atelier de Lourenço de Bem, movida pela curiosidade e busca de surpreender-se, sempre brincando com novos suportes, materiais e temáticas. Sua pintura, no entanto, foi sempre marcada pela presença de cores fortes – em especial o azul, o vermelho, o amarelo e o verde) e em suas telas, a artista degusta as formas figurativas, geométricas e mistas, nas quais funde reciclados, retalhos e papel, com tinta acrílica e cola.
Beth Ribeiro tem se comprometido, cada vez mais com sua vida artística, realizando exposições individuais e coletivas no Brasil e no Exterior. Em 2013, fez doação de uma obra de arte para a APAE, de Caconde-SP, intitulada “São Francisco de Assis”. E, no período de 30 de setembro a 10 de agosto de 2014 realizou, junto ao Colégio Galois da L2 Sul, em Brasília/DF trabalho social intitulado: “O despertar da arte na escola”. Ainda em 2014, de 8 a 26 de setembro ocorreu sua exposição individual “Intuição e subjetividade abstrata”, no Espaço Cultural do Tribunal Regional do Trabalho, também no Distrito Federal, tendo a obra “As faces de Brasília” selecionada para compor o acervo desse órgão. Em 2015, no 37o Salão de Artes Riachuelo, da Marinha do Brasil, foi premiada com a tela “Navegar é preciso”. E, no ano de 2016, no 38 o Salão de Artes Riachuelo, dois de seus trabalhos foram classificados para exposição no Clube Naval da Marinha do Brasil , de 24 de maio a 24 de junho.